Resenha: Tudo que você e eu poderíamos ter sido se não fôssemos você e eu

28 de fevereiro de 2015


"A infância é como toneladas de tristezas misturadas com quilos de felicidade. A grande fase bipolar da vida."


É difícil fazer uma resenha convencional deste livro, mas vou tentar. 
De todos os livros que eu já li esse foi, de longe, o mais diferente. Diferente porque fala da vida como nunca imaginamos. A leitura é bem rápida, ainda mais que possui somente cerca de 150 páginas, mas é fascinante. Não sei dizer se seria melhor se o autor tivesse estendido a história, porque somente com esse pouco ele já nos faz pensar bastante.



Muitos vão dizer que é apenas mais uma história, mas poderia virar outra teoria de como é a vida. Nenhum outro livro me deixou assim porque nenhum outro livro do qual já li falava diretamente sobre a vida como ela é, como ela foi e como ela será. Então é tudo muito intrigante. 
Ei, não me responsabilizo por spoilers, tomem cuidado!

De repente um rapaz perde sua mãe e faz amizade com um possível extraterrestre, se apaixona pela guria que enxerga no parque e a partir dai as coisas começam a acontecer.
Quem é o extraterrestre, de onde ele veio e qual sua história? Porque ele se apaixonou a primeira vista pela garota do parque e ficou fascinado para saber mais sobre ela? Sem falar do dom que esse rapaz possui e ninguém sabe de onde vem. Quer dizer, parece que o seu novo amigo "estranho" tem as respostas de todas as perguntas e tudo o que esses três tem a fazer é confiar nas palavras um do outro e deixar a vida acontecer. 



A história acontece muito rápido, se passa em questão de um dia ou dois (pelo que entendi), por isso os personagens não vivem grandes momentos juntos, apenas, como já foi dito, grandes perguntas a serem respondidas. 
O livro é fascinante por outro motivo: em quase todos os capítulos o rapaz fala do seu fascínio e amor pela mãe, o modo como ela sempre foi maravilhosa e tinha bons conselhos, de como ela lhe ensinou coisas na vida que outras pessoas não tiveram acesso assim como ele. Foi então que até mesmo eu me apaixonei pela mulher que ele tanto falava.



"Minha mãe me ensinou desde pequeno a aceitar que os sentimentos que as outras pessoas sentiam por nós, mesmo que não os correspondêssemos, eram importantes.
- Você precisa compreender que esse amor não desejado, esse desejo não correspondido é um grande presente que lhe dão. [...] Não o despreze só porque ele não lhe é útil."


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